quinta-feira, 28 de julho de 2011

CNBB

Eleito o presidente da Comissão para a Vida e a Família
O bispo de Camaçari (BA), Dom João Carlos Petrini, foi eleito em primeiro escrutínio, na manhã desta quarta-feira, 11, para presidir a Comissão Episcopal para a Vida e a Família. Ele obteve 164 votos dos 274 votantes. O número necessário era de 138.
Dom Petrini, que já era membro da Comissão na atual gestão, sucederá o arcebispo de Londrina (PR), dom Orlando Brandes.
Natural de Fermo, na Itália, o novo presidente da Comissão para a Vida e a Família tem 65 anos. Foi ordenado padre em 1975 e bispo em 2005. É doutor em Ciências Sociais.
A próxima Comissão a escolher seu presidente, ainda nesta manhã, será a para Ação Missionária e Cooperação Intereclesial.
FONTE: CNBB

quinta-feira, 21 de julho de 2011

DIGA NÃO AO ABORTO

Assine a petição para mudar a Constitutição do Estado de São Paulo, em defesa da vida e contra o aborto!


Do site do Instituto Plínio Corrêa de Oliveira.

No dia 29 de novembro último, foi lançado o projeto de iniciativa popular em defesa da vida pela Diocese de Taubaté e já foram colhidas mais de 10 mil assinaturas.
De sua parte, a Diocese de Guarulhos, por iniciativa do Bispo Dom Luiz Bergonzini, lançou pela internet a Campanha São Paulo Pela Vidapara colher assinaturas, no mesmo sentido, para um Projeto de Emenda Constitucional Estadual de iniciativa popular, que propõeacrescentar um artigo na Constituição Estadual do Estado de São Paulo, que assegure o DIREITO À VIDA desde a fecundação (nascituro) até a morte natural.
Sua assinatura é muito importante para o nosso abaixo-assinado! Ela pode ajudar a salvar muitas vidas humanas inocentes.
Como isso é possível?
Pela Constituição do Estado de São Paulo (art. 22 §4º), é possível entrar com uma emenda constitucional de iniciativa popular, desde que se consiga a aprovação de 1% do eleitorado que, no Estado de São Paulo, soma pouco mais de 30 milhões de eleitores. Este percentual representa 300.000 assinaturas válidas.
A proposta desta emenda tem por finalidade acrescentar na Constituição do Estado de São Paulo que a vida é inviolável desde a fecundação até a morte natural.
Não moro em São Paulo, posso assinar?
Para assinar, énecessário possuir Título Eleitoral no Estado de São Paulo. Se você o possui, não deixe de participar.
Pessoas de outros Estados poderão nos ajudar divulgando essa campanha e, especialmente, rezando pelo bom êxito dessa iniciativa que poderá ser utilizada futuramente em outros Estados.
É muito importante você assinar a Petição para que consigamos mudar a Constituição do Estado de São Paulo.
Assine essa petição em www.saopaulopelavida.com.br
Quem promove essa campanha?
Essa iniciativa da Diocese de Guarulhos tem apoio de diversas associações (veja a lista). Se você possui uma entidade clique aqui e veja como é fácil apoiar essa Campanha.
Não represento nenhuma associação, mas tenho um site, posso me filiar também?
Se você tem um site ou blog e gostaria de nos dar seu apoio, então clique aqui e inscreva-o em nossa lista.
Publique o banner da campanha São Paulo pela Vida em seu site copiando e colando o código abaixo:
Em que termos se baseia a proposta de emenda constitucional?
A Campanha irá apresentar à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, a seguinte proposta de emenda constitucional, que acrescenta os artigos 217-A, 218-A e altera o art. 277, com o acréscimo das expressões “ao nascituro” e “desde a fecundação até a morte natural”, com as seguintes redações:
TÍTULO VII – Da Ordem Social – CAPÍTULO I – Disposição Geral – Artigo 217-A – Ao Estado cumpre assegurar o direito integral à vida como primeiro e principal de todos os direitos humanos.
CAPÍTULO II – Da Seguridade Social – SEÇÃO I – Disposição Geral / Artigo 218-A – O Estado assegurará a inviolabilidade da vida humana desde a fecundação até a morte natural.
CAPÍTULO VII – Da Proteção Especial – Seção I – Art. 277 – Cabe ao Poder Público, bem como à família, assegurar ao nascituro, à criança, ao adolescente, ao idoso e aos portadores de deficiências, com absoluta prioridade, o direito à vida desde a fecundação até a morte natural, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e agressão.
Convocação
Convocamos, pois a todos aqueles do Estado de São Paulo que forem pela vida, contra o aborto, contra esta verdadeira matança de inocentes que participem desta campanha.
Assine essa petição em www.saopaulopelavida.com.br

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Hoje é o dia da morte de padre cicero, o santo popular do nordestino



Padre Cícero Romão Batista
O Cearense do Século


Padre Cícero Romão Batista nasceu em Crato (Ceará) no dia 24 de março de 1844. Era filho de Joaquim Romão Batista e Joaquina Vicência Romana, conhecida como dona Quinô.
Aos seis anos de idade, começou a estudar com o Prof. Rufino de Alcântara Montezuma.
Um fato importante marcou a sua infância: o voto de castidade, feito aos 12 anos, influenciado pela leitura da vida de São Francisco de Sales.
Em 1860, foi matriculado no Colégio do renomado Padre Inácio de Sousa Rolim, em Cajazeiras - Paraíba. Aí pouco demorou, pois, a inesperada morte de seu pai, vítima de cólera-morbo, em 1862, o obrigou a interromper os estudos e voltar para junto da mãe e das irmãs solteiras.
A morte do pai, que era pequeno comerciante no Crato, trouxe sérios aperreios financeiros à família, de tal sorte que, mais tarde, em 1865, quando Cícero Romão Batista precisou ingressar no Seminário de Fortaleza, só o fez graças à ajuda de seu padrinho de crisma, o coronel Antônio Luiz Alves Pequeno.

ORDENAÇÃO
Padre Cícero foi ordenado no dia 30 de novembro de 1870. Após sua ordenação retomou ao Crato, e enquanto o bispo não lhe dava par para administrar, ficou do Latim no Colégio Padre Ibiapina, fundado e dirigido pelo Prof. José Joaquim Teles Marrocos, seu primo e grande amigo.

CHEGADA A JUAZEIRO
No Natal de 1871, convidado pelo Prof. Semeão Correia de Macêdo, Padre Cícero visitou pela primeira vez o povoado de Juazeiro (então pertencente a Crato), e aí celebrou a tradicional missa do galo.
O padre visitante, de 28 anos de idade, estatura baixa. pele branca, cabelos louros, olhos azuis penetrantes e voz modulada impressionou os habitantes do lugar. E a recíproca foi verdadeira. Por isso, decorridos alguns meses, exatamente no dia 11 de abril de 1872, lá estava, de volta, com bagagem e família, para fixar residência definitiva no Juazeiro.
Muitos livros afirmam que Padre Cícero resolveu fixar morada em Juazeiro devido a um sonho (ou visão) que teve, segundo o qual, certa vez, ao anoitecer de um dia exaustivo, após ter passado horas a fio a confessar as pessoas do arraial, ele procurou descansar no quarto contíguo à sala de aulas da escolinha, onde improvisaram seu alojamento, quando caiu no sono e a visão que mudaria seu destino se revelou. Ele viu, conforme relatou aos amigos íntimos, Jesus Cristo e os doze apóstolos sentados à mesa, numa disposição que lembra a última Ceia, de Leonardo da Vinci. De repente, adentra ao local uma multidão de pessoas carregando seus parcos pertences em pequenas trouxas, a exemplo dos retirantes nordestinos. Cristo, virando-se para os famintos, falou da sua decepção com a humanidade, mas disse estar disposto ainda a fazer um último sacrifício para salvar o mundo. Porém, se os homens não se arrependessem depressa, Ele acabaria com tudo de uma vez. Naquele momento, Ele apontou para os pobres e, voltando-se inesperadamente ordenou: E você, Padre Cícero, tome conta deles!

APOSTOLADO
Uma vez instalado, formado por um pequeno aglomerado de casas de taipa e uma capelinha erigida pelo primeiro capelão Padre Pedro Ribeiro de Carvalho, em honra a Nª Sª das Dores, Padroeira do lugar, ele tratou inicialmente de melhorar o aspecto da capelinha, adquirindo várias imagens com as esmolas dadas pelos fiéis.
Depois, tocado pelo ardente desejo de conquistar o povo que lhe fora confiado por Deus, desenvolveu intenso trabalho pastoral com pregação, conselhos e visitas domiciliares, como nunca se tinha visto na região. Dessa maneira, rapidamente ganhou a simpatia dos habitantes, passando a exercer grande liderança na comunidade.
Paralelamente, agindo com muita austeridade, cuidou de moralizar os costumes da população, acabando pessoalmente com os excessos de bebedeira e a prostituição.
Restaurada a harmonia, o povoado experimentou, então, os passos de crescimento, atraindo gente da vizinhança curiosa por conhecer o novo capelão.
Para auxiliá-lo no trabalho pastoral, Padre Cícero resolveu, a exemplo do que fizera Padre Ibiapina, famoso missionário nordestino, falecido em 1883, recrutar mulheres solteiras e viúvas para a organização de uma irmandade leiga, formada por beatas, sob sua inteira autoridade.

MILAGRE
Um fato fora do comum, acontecido em 10 de março de 1889, transformou a rotina do lugarejo e a vida de Padre Cícero para sempre.
Naquela data, ao participar de uma comunhão geral, oficiada por ele, na capela de Nossa Senhora das Dores, a beata Maria de Araújo ao receber a hóstia consagrada, não pôde degluti-la pois a mesma transformara-se em sangue.
O fato repetiu-se outras vezes, e o povo achou que se tratava de derramamento do sangue de Jesus Cristo e, portanto, um milagre autêntico.
As toalhas com as quais se limpava a boca da beata ficaram manchadas de sangue e passaram a ser alvo da veneração de todos.

REAÇÃO DA IGREJA
De início, Padre Cícero tratou o caso com cautela, guardando sigilo por algum tempo. Os médicos Marcos Madeira e Idelfonso Correia Lima e o farmacêutico Joaquim Secundo Chaves foram convidados para testemunhar as transformações, e depois assinaram atestado afirmando que o fato era inexplicável à luz da ciência. Isto contribuiu para fortalecer no povo, no Padre Cícero e em outros sacerdotes a crença no milagre.
O povoado passou a ser alvo de peregrinação: as pessoas queriam ver a beata e adorar os panos manchados de sangue.
O professor e jornalista José Marrocos, desde o começo um ardoroso defensor do milagre, cuidou de divulgá-lo pela imprensa.
A notícia chegou ao conhecimento do bispo D. Joaquim José Vieira, irritando-o profundamente. Padre Cícero foi chamado ao Palácio Episcopal, em Fortaleza, a fim de prestar esclarecimentos sobre os acontecimentos que todo mundo comentava.
Inicialmente, o bispo ficou admirado com o relato feito por Padre Cícero, porém depois, pressionado por alguns segmentos da Igreja que não aceitavam a idéia de milagre, mandou investigar oficialmente os fatos, nomeando uma Comissão de Inquérito composta por dois sacerdotes de reconhecida competência: Padres Clicério da Costa Lobo e Francisco Pereira Antero.
Os padres comissários, vieram, assistiram as transformações, examinaram a beata, ouviram testemunhas e depois concluíram que o fato era mesmo divino. O bispo não gostou desse resultado e nomeou outra Comissão, constituída pelos Padres Antônio Alexandrino de Alencar e Manoel Cândido.
A nova Comissão agiu rapidamente. Convocou a beata, deu-lhe a comunhão, e como nada de extraordinário aconteceu, concluiu: não houve milagre!
O povo, José Marrocos, Padre Cícero e todos os outros padres que acreditavam no milagre protestaram.
Com a posição contrária do bispo, criou-se um tumulto, agravado quando o Relatório do Inquérito foi enviado à Santa Sé, em Roma, e esta confirmou a decisão tomada pelo bispo. Todos os padres que acreditavam no milagre foram obrigados a se retratar publicamente, ficando reservada ao Padre Cícero uma punição maior: a suspensão de ordem.
Durante toda sua vida ele tentou revogar essa pena, todavia, foi em vão. Aliás, ele até que conseguiu uma vitória em Roma, quando lá esteve em 1898. Entretanto, o bispo, por intransigência, manteve a posição.

VIDA POLÍTICA
Proibido de celebrar, Padre Cícero ingressou na vida política. Como explicou no seu Testamento, o fez para atender aos insistentes apelos dos amigos e na hora em que os juazeirenses esboçavam o movimento de emancipação política.
Conseguida a independência de Juazeiro, em 22 de julho de 1911, Padre Cícero foi eleito Prefeito do recém-criado município. Além de Prefeito, também ocupou a Vice-Presidência do Ceará. Sobre sua participação na Revolução de 1914 ele afirmou categoricamente que a chefia do movimento coube ao Dr. Floro Bartolomeu da Costa, seu grande amigo. A Revolução de 1914 foi planejada pelo Governo Federal com o objetivo de depor o Presidente do Ceará Cel. Franco Rabelo. Com a vitória da Revolução, Padre Cícero reassumiu o cargo de Prefeito, do qual havia sido retirado pelo governo deposto, e seu prestígio, cresceu. Sua casa, antes visitada apenas por romeiros, passou a ser procurada também por políticos e autoridades diversas.
Era muito grande o volume de correspondências que Padre Cícero recebia e mandava. Não deixava nenhuma carta, mesmo pequenos bilhetes, sem resposta, e de tudo guardava cópia.
Com respeito a Lampião, Padre Cícero o viu apenas um vez, em 1926. Aconselhou-o a deixar o cangaço, e nunca lhe deu a patente de Capitão, como foi dito em alguns livros.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Obra de arte de arte de Deus

24DE MAIO
Quero  explicar aqui o significado dessas letras " IC XC  NI KA ", que é encontrado em ícones orientais. Essas são inciais em Grego que significa JESUS CRISTO VENCERÁ! 

O Theo-o quê?

"O Theotokos" (pronunciado "th-ay-oh-to-kos") é o nome que cristãos orientais (ambos os ortodoxos e católicos) tipicamente dar a mãe de Jesus, Maria. Foi também a palavra usada na proclamação do Concílio de Éfeso, em 431 AD. Na Igreja do Ocidente, "Theotokos" é muitas vezes traduzido livremente para o portugues como"Mãe de Deus" (que, literalmente, significa "portador de Deus") .
Maria dando o título  "Mãe de Deus" certamente causou algumas discussões acaloradas na história do cristianismo. Alguns têm erroneamente visto este título como uma elevação de Maria a uma altura ainda maior do que a de Jesus (como se tal coisa fosse possível!). No entanto, o título  "Mãe de Deus" é realmente muito mais sobre Jesus que Maria,  a dizer que Maria é não a mãe de Deus é dizer que ela deu à luz apenas a Sua natureza humana , e na verdade ele  carregou uma divindade em seu ventre e deu a luz a Deus, Ela deu sua humanidade a Deus , em Jesus encontramos a Humanidade de Maria.
No rito latino celebra-se no dia 1 de janeiro dia dedicado a Mãe de Deus. 
No rito bizantino celebra-se todos os dias o dia da Mãe de Deus a Theotokos.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

HOJE CELEBRAMOS SÃO BENTO!

São Bento, padroeiro da Europa.




Gostaria hoje de falar de São Bento, fundador do monaquismo ocidental. Começo com uma palavra de São Gregório Magno, que escreve sobre São Bento: «O homem de Deus que brilhou nesta terra com tantos milagres não resplandeceu menos pela eloquência com que soube expor a sua doutrina» (Dial. II, 36). O grande Papa escreveu estas palavras no ano de 592; o santo monge tinha falecido 50 anos antes e ainda estava vivo na memória do povo, sobretudo na florescente ordem religiosa por ele fundada. São Bento de Núrcia exerceu, com a sua vida e a sua obra, uma influência fundamental sobre o desenvolvimento da civilização e da cultura europeias.
Entre os séculos V e VI, o mundo esteve envolvido numa tremenda crise de valores e de instituições, causada pela queda do Império Romano, pela invasão dos novos povos e pela decadência dos costumes. Com a apresentação de São Bento como «astro luminoso», Gregório queria indicar, nesta situação atormentada, precisamente na cidade de Roma, a saída da «noite escura da história» (cf. João Paulo II, Insegnamenti, II/1, 1979, p. 1158). De facto, a obra do santo e, de modo particular, a sua Regra revelaram-se portadoras de um autêntico fermento espiritual, que mudou, no decorrer dos séculos, muito para além dos confins da sua pátria e do seu tempo, o rosto da Europa, suscitando depois da queda da unidade política criada pelo Império Romano uma nova unidade espiritual e cultural, a da fé cristã partilhada pelos povos do continente. Surgiu precisamente assim a realidade à qual  chamamos «Europa».

ABORTO !

                   O aborto, sinal de coisa pior?
Professor de Ética fala da perda de humanidade
ROMA, domingo, 10 de julho de 2011 (ZENIT.org) – O aborto é um sinal de alarme que indica um perigo onipresente na sociedade: a perda de identidade humana.
É uma observação do padre Robert Gahl, professor adjunto de Ética na Universidade Pontifícia da Santa Cruz.
O padre Gahl falou com o programa de televisão “Deus chora na Terra”, da Catholic Radio and Television Network (CRTN) em colaboração com Ajuda à Igreja que Sofre.
- O aborto é um sofrimento universal: 53 milhões de abortos no mundo. Em alguns países, mais de 70% das mulheres já abortaram. Por que essas questões ficaram tão presentes hoje: aborto, eutanásia?
- Padre Gahl: Bom, é um paradoxo, triste, que evoca o pecado original. Adão e Eva tentaram ficar no lugar de Deus, ser deuses no lugar dele. Os seres humanos tentam dominar o poder divino, o poder sobre a origem da vida, e controlar o começo da vida de um jeito que é contrário ao desígnio de Deus, e, por isso mesmo, contrário ao desígnio do amor. E eles se sentem poderosos durante um instante. Pode ser até que eles achem que conseguiram. Mas logo depois eles sentem a frustração e a negação da sua própria identidade, porque essa identidade é a identidade do amor, porque eles foram feitos para o amor. O nosso coração foi feito para o amor. Mas em vez de ser pessoas apaixonadas, em vez de apertar os nossos laços familiares, nós viramos meros construtores, gente que controla produtos. Se o nosso poder de dar vida é simplesmente produzir elementos que se encaixam no “fui produzido”, ou no “sou só o final da linha de um sistema de produção mecanizado”, isso é só a negação da minha própria dignidade como filho de Deus. E como filho dos meus pais.
- Olhando para trás, qual foi o momento em que surgiu no horizonte essa aceitação do aborto, da pesquisa com células-tronco, da eutanásia?
- Padre Gahl: O aborto, infelizmente, é tão estendido por tantas partes do mundo que, hoje, muita gente, até os documentos da ONU, acham que ele é um direito reprodutivo. A origem disso é a revolução sexual, que não foi uma revolução de libertação, mas uma revolução do narcisismo, do desespero, de cortar laços, afeto, amizade e amor pelos outros. E no centro dessa revolução sexual nós tínhamos o desenvolvimento dos anticoncepcionais químicos, que permitiram o sexo sem bebês, ou seja, as pessoas podiam ter o prazer da sexualidade só como uma busca egoísta. E eles desconectaram a ordem intrínseca, orientada ao dom da vida; desconectaram a sexualidade dos compromissos sérios de amor, de formar uma família, e, claro, de ser pais e mães. É uma diminuição da dignidade humana. Eu considero que o problema do aborto é que é um sinal de alerta. É uma luz vermelha que está arrancando vidas, mas que indica uma coisa que é mais onipresente ainda, e que está mais profundamente enraizada na nossa sociedade do que você possa imaginar.
- E o que é?
- Padre Gahl: É a perda da própria identidade. Da nossa identidade que participa do poder criador de Deus, e que chama a pessoa a ser mãe e pai.
- O aborto é justificado quase sempre como o direito de escolha. Mas também como um apelo ao amor. Por exemplo, algumas pessoas dizem que acham melhor abortar do que criar um filho sem amá-lo. Como é que nós chegamos a esta situação invertida, em que a morte é justificada por amor?
- Padre Gahl: O verdadeiro amor humano é incondicional. Quando você ama alguém, não interessa o que acontece. Não interessa, você vai cuidar. Se ele fica doente, se ele fica paralisado por causa de um acidente de carro, você vai cuidar dele pelo resto da vida. Naquele outro tipo de amor, que é uma forma de amor egoísta, você só se entrega a alguém enquanto quer. O aborto, nesse tipo de amor manipulado, vira um meio de saída. Nós temos que mudar completamente e dizer que precisamos aceitar a todos, toda vida humana. Como dizia a Madre Teresa: não existem filhos não desejados; se existe uma criança que alguém diz que não é desejada, tragam para mim, eu vou cuidar dela, porque eu desejo essa criança. E essa é a verdade. Se alguém foi capaz de dizer que o aborto nos permite agir com um cuidado altruísta, porque evita dificuldades, esta lógica nos leva de um modo trágico, eu até diria de um modo assassino, a afirmar que os deficientes não deveriam existir. Isso é a negação de toda dignidade humana.
- Nós passamos da vida como algo intrinsecamente importante a enfatizar a qualidade de vida. A mudança para a qualidade de vida coloca a pergunta: Qual é a minha qualidade de vida? Eu estou tendo qualidade de vida? Isto aponta para os deficientes: eles estão tendo a qualidade de vida que deveriam ter? Isso não coloca em questão a própria vida deles?
- Padre Gahl: Claro. Uma parte dessa lógica aberrante leva também a julgar cada um de nós com base no nosso rendimento. O meu valor se baseia no que eu posso fazer pela sociedade. Se num dado momento os meus resultados são decepcionantes, por doença, por um erro, por estar num setor da economia que o consumidor não deseja mais, então eu não seria mais necessário, e, aí, deixaria de ser importante.
- O maior dom de Deus à humanidade foi o dom de co-criar a vida com Ele. O que faz o aborto ao quebrar esta relação entre o homem e Deus?
- Padre Gahl: Nos esquecemos às vezes, devido ao “cientificismo” – que reduz tudo ao fato científico – que o começo de uma nova vida humana não só vem de um homem e uma mulher, mas também de Deus. Exige a participação de três pessoas, porque a alma humana é imaterial. É a alma espiritual que é criada direta e imediatamente por Deus. Por isso, quando um homem e uma mulher unem-se para ter um filho, é também – tanto ou mais – filho de Deus. Daí que, se quisermos recuperar este respeito pela vida, será porque teremos voltado a tomar consciência do papel de Deus ao dar a vida e, pelo mesmo, deste poder que temos dentro de nós, que é na realidade um poder divino e transcendente. Trata-se de um poder criador pelo qual quase temos Deus na palma da mão, porque podemos dizer-lhe, em certo sentido, quando criar uma nova alma humana. Portanto, se renovarmos esse respeito pela intervenção de Deus, Ele nos ajudará também a nos respeitarmos uns aos outros como imagens de Deus, como outros Cristos.
- Em países como a Rússia, mais de 70% das mulheres abortaram. A proporção de abortos em algumas províncias russas pode alcançar os oito ou dez abortos por mulher, porque o utilizam como um meio de controle de natalidade. Na China, a política de um só filho obriga as mulheres a abortar. Que impacto espiritual e psicológico tem isso na sociedade?
- Padre Gahl: No leste europeu, onde vemos índices tão altos de abortos, que frequentemente se associam a altos índices de suicídios, alcoolismo e depressões graves, há uma sensação de niilismo, de perda total do sentido da vida. Isso ocorre em uma sociedade que não se baseia no amor a seus filhos. É necessário que isso mude. Graças a Deus, em alguns desses países está-se notando uma tendência na direção correta. Na Federação Russa, por exemplo, tem havido ultimamente um aumento na taxa de natalidade. A proporção de abortos continua muito alta, mas fica a esperança de que este aumento da taxa de natalidade continue, de modo que o índice de abortos caia.
- Que mais a Igreja pode fazer neste tema?
- Padre Gahl: Em primeiro lugar, quando pensamos na “Igreja”, tendemos a pensar na hierarquia – em nós, sacerdotes, bispos, o Papa –, mas na realidade a Igreja é o conjunto de todos os cristãos batizados. A Igreja é uma família, por isso precisamos que todos – todos os cristãos batizados – aceitem a vida com amor. Precisamos também de ajuda nos centros para mulheres grávidas. A Igreja magisterial, a Igreja hierárquica, evidentemente, tem de ser também coerente com os princípios da teologia moral católica sobre o tema.
A Igreja há de continuar seguindo o exemplo de Karol Wojtyla, que, como arcebispo de Cracóvia, abriu centros de ajuda para mulheres em situações de crise. Mas na realidade tudo se reduz a isso: Deus é amor. Sou filho de Deus. Sou feito à imagem de Deus, por isso tenho de fazer presente entre os demais seres humanos o rosto de Deus, que é o rosto do amor. Se fizermos isso em todas as nossas relações humanas, se mostrarmos de verdade respeito pela dignidade humana, se mostrarmos respeito e amor pelas pessoas que sofrem, então podemos começar a recuperar os princípios que são necessários para que toda vida humana seja aceita. A vida então não será jamais considerada só um produto, como os bebês que são feitos num tubo de ensaio segundo os desejos de algum fabricante.
Voltando atrás, gostaria de acrescentar que precisamos recuperar nossa sexualidade, assim como a consciência de que a sexualidade é sagrada, e precisamos, portanto, viver a modéstia e o respeito pela nossa sexualidade e nossos desejos sexuais com castidade e fortaleza, de modo que nos preparem para dar vida dentro da estrutura da família.
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Esta entrevista foi realizada por Mark Riedemann para "Deus chora na terra", um programa rádio-televisivo semanal produzido por ‘Catholic Radio and Television Network', (CRTN), em colaboração com a organização católica Ajuda à Igreja que Sofre.Mais informação em www.aisbrasil.org.br, www.fundacao-ais.pt.



domingo, 10 de julho de 2011

COMUNIDADE THEOTOKOS

                                                     


                           A Comunidade Theotokos



A Comunidade Theotokos é uma entidade inspirada, antes de tudo, nos ensinamentos perenes do Evangelho e constituída por cristãos consagrados,formada pela Associação Theotokos e Missionários Theotokianos.A associação é formada por fieis leigos, solteiros e casados  sem consagração. Já os missionários consagram suas vidas por meio dos  votos de Pobreza, Castidade e Obediência. Tendo como patronos, São Bento  e São Basílio  São Miguel Arcanjo, São Tiago Maior, São Jorge, Santa Helena e Constantino, pugna ela pela recristianização integral da Terra de Santa Cruz, isto é, pelo resgate de todos os princípios e valores cristãos componentes da Tradição do Brasil, Nação que nasceu sob o signo da Santa Cruz e que sob ele deve viver.
Os Missionários Theotokianos, homens  consagrado por meio dos conselhos evangelicos cuja vida diária é marcada pela oração contínua e pelo constante trabalho pelo pão de cada dia e pelo engrandecimento do Bem Comum, procuram viver de acordo com os preceitos do Evangelho, cuja Boa Nova anunciam. Anunciam, da mesma forma, as virtudes da Virgem Maria, Mãe de Deus (Theotokos), a quem consideram modelo para todos os cristãos.No campo pastoral atuam com um apostolado voltado para a juventude Universitária. Por meio das Residencias Universitárias Theotokos deseja-se ajudar na formação espiritual, humana e catequética de cada estudante.
Visando particularmente a formação dos jovens, os Missionários Theotokianos sustentam que a Pessoa Humana, dotada de corpo gerado a partir da concepção e de alma infundida por Deus no momento da concepção, é um Ente Integral, devendo receber uma Educação Integral, isto é, uma educação completa nos planos religioso, moral, ético, cívico, intelectual, físico e profissional. Do mesmo modo, os Missionários da Mãe de Deus, colocando o “nós” acima do “eu” e trocando o consumir pelo partilhar, o odiar pelo amar, o separar pelo unir e o egoísmo pela solidariedade, procuram auxiliar seus irmãos em todas as suas necessidades espirituais, morais, intelectuais e materiais. Ao contrário da corrente dominante nestes tempos de avassalador materialismo, os Missionários Theotokianos consideram os seus semelhantes não por aquilo que possuem ou pela classe social ou etnia a que pertencem, mas sim por suas virtudes morais e éticas e pelo trabalho por eles exercido em prol do Bem Comum, que está subordinado a Deus, o Ser Supremo, Absoluto e Imutável, princípio e fim de todas as coisas.
Os Theotokianos, tomando como inspiração o exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo no episódio conhecido como Lava-Pés, quando Ele, o Divino Mestre, demostrou, por meio de Seu exemplo, que o serviço ao próximo é o serviço a Deus. Destarte, o membro da Associação Theotokos é um homem de serviço, sempre preparado para a ação em prol do próximo, pois, como mostra o referido exemplo do Cristo, dedicar a vida a servir o outro não é senão dedicá-la a Deus.
Tendo consciência de que, infelizmente, a maioria dos cristãos, mesmo muitos católicos, desconhecem o magno pensamento dos Doutores da Igreja, bem como muitos dos inúmeros tesouros que compõem a Tradição da Santa Igreja, a Associação Theotokos tem, entre suas finalidades, a divulgação de tal pensamento e de tais tesouros.
Funcionando como Centro de Estudos da Religião e da Filosofia Cristã, a Associação Theotokos adota, no plano filosófico, o Tomismo, proclamando, outrossim, a imperiosa necessidade de restauração da Filosofia Perene da Escolástica.
No plano jurídico, a Associação Theotokos adota a doutrina do Direito Natural Tradicional, também conhecido como Direito Natural Clássico, assentado na tradição formada pelos filósofos da Hélade, pelos jurisconsultos romanos e pelos teólogos e canonistas da Cristandade. Proclama, outrossim, a Associação Theotokos, que a Pessoa Humana é dotada de Direitos Naturais, decorrentes de sua própria condição e que devem ser respeitados pelo Estado e pelas demais pessoas. Em uma palavra, a Associação Theotokos defende a Intangibilidade da Pessoa Humana e de seus Direitos Fundamentais.
Sendo o mais fundamental dos Direitos Naturais o Direito à Vida, ora ameaçado em todo o Mundo pelas forças defensoras do aborto e da eutanásia, a Associação Theotokos tem, como uma de suas principais bandeiras, a defesa da Vida e, por conseguinte, o combate sem tréguas às hordas daqueles que apoiam o genocídio de inocentes, chegando mesmo a considerá-lo, por ironia das ironias, um Direito Fundamental da Pessoa Humana.
No plano econômico, a Associação Theotokos adota os ensinamentos da Doutrina Social da Igreja, afirmando o Solidarismo Cristão e se opondo tanto ao capitalismo liberal quanto ao comunismo. Defende ela a livre iniciativa, a Propriedade privada, subordinada à sua Função Social, e o Princípio de Subsidiariedade, que consiste em as sociedades maiores, particularmente o Estado, auxiliarem e complementarem as atividades das pessoas e dos Grupos Sociais Naturais tanto no campo econômico quanto nos demais setores da vida humana, respeitando, é claro, a Intangibilidade da Pessoa Humana e dos Grupos Sociais Naturais.
Os Missionários Theotokianos defendem a Família, cellula mater da Sociedade e primeiro e mais fundamental dos Grupos Naturais, e proclamam que ela e todos os demais Grupos Naturais são anteriores ao Estado, que, por sua vez, não é senão a síntese espontânea dos Grupos Naturais e que existe para servir ao Homem e aos referidos grupos e não para violentá-los.
.Os Missionários Theotokianos têm consciência da importância do patriotismo, sentimento espontâneo e, como preleciona Leão XIII, decorrente da própria Lei Natural, que nos impõe o amor devotado ao país em que nascemos e crescemos [1]. Estão conscientes estes servos de Cristo e de Maria, porém, de que o amor à Pátria terrena não se deve sobrepor em hipótese alguma ao amor à Pátria Celeste, a quem deve o Homem a sua maior devoção.
Considerando que o verdadeiro nacionalismo, tendente ao universalismo e alicerçado na Tradição, é, como ressalta o pensador e sacerdote jesuíta Yves de la Brière, a “armadura do patriotismo” [2], os Missionários Theotokianos se proclamam nacionalistas, seguindo a lição do Papa Pio XI, quando este fala “do sentimento de justo nacionalismo, que a reta ordem da caridade cristã não somente não desaprova, mas com regras próprias santifica e vivifica” [3].
É por Nosso Senhor Jesus Cristo e pela Virgem Maria que os Missionários Theotokianos auxiliam o próximo, pregam os ensinamentos do Evangelho e da Tradição e lutam por uma Sociedade mais justa, solidária e fraterna, com harmonia e justiça social. E tendo consciência de que todos os males do Mundo Moderno derivam do descoroamento de Cristo e da Santíssima Virgem, proclamam os Missionários Theotokianos a imperiosa necessidade de restauração da realeza Daquele que é, a um só tempo, Deus e Filho de Deus, bem como de Sua Mãe, da Mãe de Deus.

In Corde Jesu et Mariae, semper.
Victor Emanuel Vilela Barbuy ,
São Paulo, 29 de agosto de 2010.